terça-feira, 6 de setembro de 2011

Meu guia em Angkor

Foto: O guia Sim e o motorista (à esquerda) 
A primeira cidade asiática que encarei sozinha - depois de passar cinco dias em Bangkok na casa de amigos - foi Siem Reap, base para se conhecer o complexo de templos de Angkor. Ainda no Brasil, decidi que tentaria contratar um guia, se possível, antes de viajar. Tive medo de não estar bem adaptada (inclusive ao fuso horário), me enrolar e acabar perdendo tempo procurando um guia/agência em Siem Reap.
Foi quando me lembrei desse post da Mirella falando do Sim, o guia que deles! Enchi a Mirella de perguntas (obrigada, Mi!) e resolvi que faria o mesmo.



Lembretes importantes:
- É preciso contratar um guia antes de viajar? Não! Há uma grande variedade de passeios oferecidos por agências locais! 
- Gostei do Sim. Discreto, cordial e muito paciente. Ele não tem formação na área de turismo - coisa que deve acontecer com a maioria dos guias lá - mas estuda,  já foi monje e tem uma boa cultura geral. O inglês dele é bom e, surpreendentemente, o espanhol também!
- Não dá para ficar pra cima e para baixo o dia todo visitando os templos. O calor não deixa. Combinei com ele de sair às 8h e de voltar para o hotel às 14h ou, no máximo, às 15h. Se eu quisesse que o motorista do tuk-tuk me pegasse para jantar, bastava combinar, já estava incluído no preço.
- Preços em fev/11: US$ 25/dia para o Sim  e US$ 15 para o motorista de tuk-tuk . Preços por grupo de até três pessoas em um tuk-tuk (acho que fica um pouco apertado).
- Confirme todas as informações no site do Sim. 
- A Mirella tem um ótimo post onde fala mais sobre o Sim e sugere um roteiro para conhecer os templos de Angkor.
Depois dos comentários da Mirella e da Carina-Senzatia, percebi que precisava editar o post. Elas lembraram o maravilhoso trabalho humanitário que o Sim faz. Abaixo, parte do comentário da Carina-Senzatia:
"Sim tem uma história de vida muito bacana, e sua luta particular pela educação das crianças da vila dele é algo de se admirar. E é por isto que indico o Sim a todos que comentam que vão ao Camboja. Não pelos templos e pelas explicações decoradas que qualquer guia poderia repassar. Eu indico o Sim porque sei que através dos recursos que ele ganha como guia, uma parte vai pra pagar a professora da vila, pra comprar uma caixa de giz, ou alguns lápis e cadernos que vão abrir horizontes para um monte de crianças que vieram me agradecer e me tocar ao ganharem um punhado de balas. São por aquelas crianças que indico o Sim, para que elas, através do esforço dele, possam aprender e serem cidadões de verdade de um país e terem acesso a um mundo que estava vedado a elas (escola não é gratuita e nem obrigatória no Camboja), para que elas possam ter a oportunidade de mudarem as suas vidas e as vidas das pessoas daquela vila perdida no interior do Camboja. É desta forma que acredito que estou fazendo um mundo melhor. ;-)
E se quiser conhecer um pouco sobre o projeto dele apoiado por mim e outras pessoas, dêem uma olhada aqui ou no facebook
Se alguém tiver interesse em ver fotos da escola, clique aqui"
Pontos positivos: contratar um guia antes de sair do Brasil foi exagero, mas me deixou tranqüila. Achei o Sim e o motorista (não lembro o nome!) simpáticos e, ao mesmo tempo, profissionais. E, como a Mirella e Carina-Senzatia mencionaram nos comentários, o Sim faz um belíssimo trabalho com as crianças da vila dele!
O que poderia ser melhor: O dia do pôr do sol. A Sylvia já tinha me avisado pelo twitter: "Não suba a montanha para ver o pôr do sol, é roubada" e eu me esqueci! Para onde o Sim me levou? Pois é! Foi a maior roubada da viagem. E eu havia sido avisada!
Foto by Lu Malheiros

9 comentários:

  1. Estou louca de vontade para conhecer o Camboja. A única coisa que ainda está me impedindo é o preço das passagens...

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  2. Deisoca,
    Refaça suas contas e considere que, apesar da passagem aérea ser cara, o custo com hospedagem e alimentação por lá é bem mais barato que nos EUA, Europa e alguns países latino americanos!
    O único porém é que só vale a pena se deslocar para a Ásia para passar, no mínimo, 20 dias e, claro, os gastos aumentam :-(
    Um abraço,

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  3. Oi Lu... que elgal que gostou do Sim e inclusive fez algumas criticas para ajudar ainda mais a galerinha que esta se aventurando para o Sudeste Asiatico.
    Sabe, com eu te disse em um dos comentários la do blog, o por-do-dol na montanha tem que ir preparado, pos vai vc e a torcida do timão e/ou do flamengo junto. Mas fala sério, pnde ver o por-do-sol ou o que fazer nesse horário? Ir no Angkor é tambem super cheio (com o ponto alto de ser maior, então o povo se espalha ... risos)... eu nao me arrependo de ter ido, sabe?! Apesar de nao ter amado...
    Também achei legal ir com um guia pre agendado, acho que foi mais fácil que ter que arranjar um lá sem ter lido nada a respeito... mas eu gostei de ter tido um dia inteiro sem um guia no meu pé, só com o tuk tuk driver.... me senti mais livre e voltei nos templos que gostei mais.
    Poxa... eu AMEI Siem Reap...
    Você gostou do Sim? Achei que falta um pouco de experiência, mas ele é muito prestativo... e no fundo, acho dificil conseguir algo extremamente melhor pelo preço... e eu acho valido ajudar os locais!
    Amei seu post... menos romantico que o meu :) Bjao

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  4. Eu também usei os serviços do Sim, em março de 2010, seguindo as dicas da Mi e foi a melhor que fizemos. Minha experiênca com os serviços do Sim foi super positiva, mas não só pelos serviços nos templos, deslocamentos e afins, que foi bom (não excepcional), claro que ajuda pra caramba ir direto aos pontos de interesse, sem muita perda de tempo, num lugar com tantas atrações.
    O que nos empolgou na realidade é que tivemos uma super interação e ele nos mostrou um Camboja que muitos turistas não veem. Nós queríamos conhecer os templos, claro, como todos os turistas que chegam lá, mas nós queríamos conhecer mais os cambojanos, e quando o Sim percebeu isto, nosso tour foi outro.
    A ida à vila dele foi um dos pontos altos da nossa visita ao país e de lá criamos um vínculo, com ele e com o projeto da escola dele, que se mantem firme até hoje. Nós abraçamos a causa dele de educar crianças que estava fadadas a serem analfabetas por falta de opção.
    Sim tem uma história de vida muito bacana, e sua luta particular pela educação das crianças da vila dele é algo de se admirar. E é por isto que indico o Sim a todos que comentam que vão ao Camboja. Não pelos templos e pelas explicações decoradas que qualquer guia poderia repassar. Eu indico o Sim porque sei que através dos recursos que ele ganha como guia, uma parte vai pra pagar a professora da vila, pra comprar uma caixa de giz, ou alguns lápis e cadernos que vão abrir horizontes para um monte de crianças que vieram me agradecer e me tocar ao ganharem um punhado de balas. São por aquelas crianças que indico o Sim, para que elas, através do esforço dele, possam aprender e serem cidadões de verdade de um país e terem acesso a um mundo que estava vedado a elas (escola não é gratuita e nem obrigatória no Camboja), para que elas possam ter a oportunidade de mudarem as suas vidas e as vidas das pessoas daquela vila perdida no interior do Camboja. É desta forma que acredito que estou fazendo um mundo melhor. ;-)

    E se quiser conhecer um pouco sobre o projeto dele apoiado por mim e outras pessoas, deem uma olhada aqui: http://www.thrivecambodia.org/

    http://www.facebook.com/pages/Thrive-Cambodia-Inc/177530795649559

    Se alguém tiver interesse em ver fotos da escola, clique aqui: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150250994863744.341980.531013743

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  5. Mi e Carina-Senzatia,
    Muito obrigada pelos comentários!
    Vou editar o post: é importante dar destaque ao trabalho humanitário do Sim, principalmente, por eles não terem apoio governamental nenhum. A miséria Camboja é muito parecida com a que se v~e no interior do Nordeste, por exemplo, mas com a diferença fundamental que lá ele não tem nenhum programa tipo "bolsa família"...
    Bjs,

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  6. Oi Lu, legal você ter mudado um pouquinho o post.
    Como disse, falta experiência para o Sim, mas eu gostei pois ele é autentico e tem sonhos grandes para ele, a família e até o turismo no Angkor.
    Ele batalhou e continua batalhando para ter e oferecer o melhor.
    Eu nunca fui ao interior do nordeste, para poder fazer o paralelo...
    Se a gente acha que a corrupação e desigualdade é gigante no Brasil, lá no Camboja é ainda maior... fiquei pasma de ver os policiais de Lexus, enquanto a maioria da população não tem agua em casa (nem poço artesiano).
    Enfim... acho que temos que ajudar sim, saber os limites da barganha e aproveitar.
    Gostei de ter um dia sozinha, mas se eu dia voltar ao Camboja, vou pegar o Sim novamente, especialmente para os templos mais distantes!!!
    :)

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  7. Obrigada por ajudar a divulgar o trabalho do Sim, Lu. ;-) Ajudando o Sim a ter trabalho, é a melhor forma de ajudar as crianças da vila dele. Grande beijo!

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  8. Oi Lu, tudo bem?
    Mais um ótimo post, hein?
    Estou revendo algumas coisas pois viajo na semana que vem. Tenho uma perguntinha pra vc: Vou ficar no mesmo hotel que vc ficou em Siem Reap e vi nesse post que vc comentou sobre o motorista do tuk-tuk te pegar pra jantar. O hotel fica distante do centro? Não me pareceu pelo mapa....
    Beijos
    Georgia

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    Respostas
    1. Georgia,
      Gostei muito do hotel, mas a volta à noite é um pouquinho perigosa. Não por conta de assalto, mas é que as ruas são estreitas e mal iluminadas... O risco de uma moto passar e, de repente, te machucar não são pequenas (apesar de eu ter feito o trajeto a pé várias vezes e nada ter acontecido!). Você viu que falei do hotel no http://www.dividindoabagagem.com/2011/08/hotel-em-siem-reap-karavansara-retreat.html
      Boa viagem, bjs

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